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Esmirna 

A chegada a Esmirna foi precedida de uma visita a Afrodíase, uma cidade dedicada a Afrodite. Muito bonita, por sinal. Não poderia deixar de ser, porque além de deusa do amor, também era deusa da beleza para os gregos. São ruínas de uma cidade onde pessoas viveram até um grande terremoto no séc. XVI. O teatro está muito bem preservado, e há um estádio para 25 mil espectadores 

  

 

  

Estádio de Afrodísias

 

  

Esse estádio foi fundado ainda durante o período helênico, para jogos e corridas de bigas. Com a invasão dos romanos, no entanto, o sadismo característico daquela cultura – herdado por nós, por sinal – começou a exibir também lutas de gladiadores e espetáculos sangrentos, de brigas entre feras e leões comendo cristãos. 

De lá, pegamos a estrada para Esmirna, a terceira cidade da Turquia. O guia falou um pouco da história da cidade, que remonta a mais de cinco mil anos, tendo sido fundada por guerreiras amazonas, foi conquistada pelos gregos e depois pelos romanos, foi capital da liga jônia de 12 cidades-estado e sempre foi um porto importantíssimo para a região, porque está em uma baía bastante profunda e estrategicamente posicionada para receber produtos tanto do continente asiático, por terra, quanto da África e da Europa, pelas rotas marítimas do Mediterrâneo. 

Eu fiquei sonhando com uma cidade como Istanbul, só que menor. Foi um choque. Totalmente globalizada, cheia, barulhenta, aglomerada, enfim, não foi uma boa impressão. Contudo, o hotel é uma nota à parte. 

Ficamos hospedados no Mövenpick Hotel, próximo a uma praça à beira do Egeu. Foi o melhor hotel em que já fiquei hospedado em toda a minha vida. Cama limpa, consistente, lençóis de algodão egípcio, super macio, travesseiros e edredom de pluma de ganso, um banho excepcional e, por fim, um restaurante de primeira categoria. 

Pena que foi só por uma noite. 

Na manhã seguinte já partimos cedo para Éfeso, outro importante porto daquela região, durante os primeiros anos da era cristã. Há cinco camadas de escavação na região e só uma pequena parte foi descoberta, por enquanto. Mas já é suficiente para perceber o esplendor da cidade. 

Em Éfeso, que é simplesmente maravilhosa, ainda nos deparamos com a mais sem-noção de todas as criaturas. Essa chinesa aí ficou andando por um terreno totalmente acidentado, graças aos vários terremotos que acometeram a cidade ao longo dos milênios, e a um calçamento de mármore completamente irregular. Eu não costumo tirar fotos dos sem-noção que encontro pelo caminho, mas essa japoronga estava demais. 

De Efeso voltamos para Istanbul para mais uma noite na cidade. Foi muito bom.

Pena que já acabou. No mais, foram vinte e quatro horas de viagem para chegar à minha linda e deliciosa casinha. 

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