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TEATRO

As memórias da senhora P.

Sexta-feira foi dia de ir ao teatro, me reencontrar com a arte mais amada por mim e foi uma grata surpresa. Eu já conhecia o trabalho de Adriana Lodi de uma peça antiga, Cartas de um Sedutor. Com direção do saudoso Genilson Pulcineli e Willian Ferreira sobre textos da poeta Hilda Rilst, em que contracenou com Murilo Grossi. Mas, como fiquei muitos anos longe de Brasília, não acompanhei os demais trabalhos da atriz.

No monólogo Senhora P., ela nos faz entrar em contato com um universo feminino importantíssimo. Por mais que eu esteja empenhado em desconstruir o machismo de dentro de mim, sempre me deparo com questões inéditas. Esta peça me levou a esses lugares.

Elaborada como se fosse uma sala de aula, a dramaturgia se desenvolve sobre os sentimentos de opressão da mulher e das lutas para vencer o opressor. O só fato de Adriana ser a dramaturga, diretora-geral e atriz do monólogo já demonstram uma coragem incrível, além do fato de fazer teatro em tempos tão adversos ser uma tarefa monumental.

E ela desempenha super bem. A luz e o figurino são impecáveis, a contracena imaginária um jogo lúdico excepcional e, embora o tema seja áspero e pedregoso, há momentos de leveza e muito humor.

Todavia, o melhor de tudo, para mim, foi reencontrar o TEATRO. Adriana está em plena forma, vibrante, presente, emocionante e carismática. Saí com a alma lavada! Parabéns, Adriana.

2 respostas

  1. Cristóvão,
    Grata pelo olhar, pelas palavras, pela troca. Tão raro hoje poder ter acesso a partilha de uma percepção mais detalhada sobre o teatro. Me sinto feliz em ler seu texto.
    Um beijo grande

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