Passei vários dias longe deste diário. Falta de tempo, de ânimo, de foco, sei lá. Excesso de preguiça, talvez.
Mas o espetáculo Macunaíma não me saiu da cabeça. Fui vê-lo no dia 25/10, uma sexta-feira. Bia Lessa dirigiu a companhia Barca dos Corações Partidos, de quem eu já havia visto Gonzagão a Lenda e Ópera do Malandro, ambos simplesmente fantásticos.
Bia dá um colorido extravagante à rapsódia de Mário de Andrade. O herói sem caráter é apresentado na inteireza da brasilianidade. Excelente! O começo do espetáculo é um pouco distante, ou melhor, eu não consegui me conectar logo de cara. A mãe de Macunaíma fala em língua indígena, o palco é grande, eu estava longe, ainda não tinha chegado direito ao lugar quando começou. Mas logo fui capturado. A tribo de originários, as cores, as falas… Tanto o grupo quanto Bia são fascinantes na criação de realidades teatrais.
São 3 horas de puro deleite teatral. Vale cada segundo que passamos na companhia deles. EVOÉ! Por mais espetáculos como este, a preços populares, como tem de ser!