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Domingo passado fui ver “contos partidos de amor” no teatro Prudential. Que delícia de ver um elenco tão afinado, em todos os sentidos. Voz, corpo e jogo teatral. São 2 atrizes e 2 atores cantando e contando duas histórias de amor, ciumes e desencontros.

Eu já tinha visto, quando da primeira temporada há cerca de 2 anos, no CCBB, mas esta casa onde a peça foi apresentada nesta temporada, encerrada domingo, merece um parágrafo: o teatro prudential está divino. Assentos confortáveis, plateia inclinada de forma a possibilitar que todos tenham boa visibilidade – até aquela tiazinha elegante pode usar seu bom chapéu sem risco de atrapalhar o coleguinha sentado atrás dela. Além disso, palco grande, excelemte urdimento e capacidade para abrigar grandes espetáculos.

Voltando ao espetáculo, as histórias são baseadas em contos de Machado de Assis. Eu reconheci 3, mas alguém mais letrado certamente reconhecerá mais. Costurados com inteligência e elegância, os textos vão narrando os encontros e desencontros de dois casais, no melhor estilo das boas comédias românticas, destacando as canções bem compostas e melhor executadas pelos 4.

A grande surpresa vai para o número final. Tiago Herz faz um solo de assovio. É tão perfeito, tão afinado, que eu suspeitei ter sido gravado quando vi pela primeira vez. Agora, confirmei. O assovio é na hora. É de arrepiar os cabelos do relógio.

Espero que volte logo. Espetáculos assim são absolutamente necessários em tempos tão obscuros. É luminoso, alegre, e fala de amor, o que mais precisamos hoje!

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