Sábado eu fiz a primeira viagem dos tempos novos. Vim visitar minha mãe, depois de 10 meses sem vê-la. Normalmente venho a Goiânia 4 ou 5 vezes por ano, mas por conta da pandemia, lógico, ficamos isolados. Eu no Rio de Janeiro, ela aqui no Centro-Oeste.
Eu estava com muito medo de vir. Mamãe já tem quase 87 anos e, embora esteja muito bem de saúde, obrigado, o só fato da idade avançada já nos deixa preocupados. Mas mesmo assim, muni-me de coragem e vim. Tomei um voo da Gol às 8h30 de sábado e pousei em Brasília às 11h.
A companhia aérea está tomando alguns cuidados, pelo que sei. Renovação do ar a cada intervalo de tempo, exigência de máscaras para todos os passageiros, suspensão do serviço de bordo. Eu adquiri um assento conforto e, por isso, vim sozinho na fileira, mas nas fileiras comuns, todas as poltronas estavam ocupadas. Um risco desnecessário na minha opinião, mas não sou a palmatória do mundo. Uma das melhores mudanças foi o desembarque. As fileiras saem uma a uma, devidamente reguladas por um comissário de bordo. Ou seja, aquele tumulto de gente doida pra desembarcar acabou.
Como eu só tinha trazido uma pequena mala de mão, desembarcar foi facílimo. Para a volta, já sei que não vai ser tanto. Levarei a minha filhota mais nova, uma cachorrinha vira-latas simpaticíssima. Mas esse assunto é para o post da semana que vem.
Em Brasília, tomei um táxi para ir à casa de minha amiga Sílvia, que gentilmente me emprestou o carro dela – eu já tinha reservado um para alugar, mas ela me fez essa maravilhosa gentileza – e eu ainda aproveitei para almoçar lá. Como sempre, uma delícia!
Conversamos um bocado e às 15h, peguei a estrada para cá. O carro é excelente e a estrada de Brasília para Goiânia está ótima. O defeito está agora na famosa curva “alá Goiânia”. Antigamente, este ponto da estrada era uma beleza. A primeira visão da cidade. De longe, é linda. Agora, quando chega a esse ponto, o que vemos são dezenas de outdoors com propagandas. Lamentável.
Consegui chegar a Goiânia tranqüilamente, mas ao entrar na cidade, quase não consegui chegar à casa da minha mãe. Várias reformas e obras nas ruas, sem placas de aviso. Quando a gente “dá fé”, está em cima da interrupção. Felizmente inventaram o waze e o google maps.
Estou, agora, na casa da minha mãe, apesar de estarmos distantes um do outro dentro da casa, o tempo todo usando máscara, é melhor que mil e duzentos quilômetros de distância e cidades diferentes.