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ARTE

Adrian Monk – um detetive pra lá de obcecado

Não é muito legal fazer troça de alguma deficiência ou doença, mas o seriado Monk o faz de maneira tão absolutamente respeitosa, colocando o herói como um portador de Transtorno de Déficit Obsessivo Compulsivo que resolve crimes com uma rapidez e uma precisão impressionantes.

A série está disponível no Prime da Amazon e é uma delícia de ser vista. Eu sou fã de séries policiais e esta alia a investigação às situações absurdas em que o protagonista se coloca em função de suas várias neuroses: medo de altura, de germes, de leite, de multidão, tudo feito com maestria pelo ator Tony Schaloub.

Aliás, a interpretação de Tony, que também assina a produção executiva, para o paranóico Monk é absolutamente impecável. Um ator irretocável. As peripécias chaplinianas são divertidíssimas e o controle e a consciência corporal do ator são absolutamente perfeitas.

A série foi planejada para ser apresentada semanalmente e foi ao ar entre 2002 e 2009. Naquela época, os seriados eram como pequenos filmes, feitos com os mesmos personagens, porque a cada episódio (ou dois, eventualmente) os casos eram solucionados e os assassinos presos. Sempre o crime é quase perfeito, sempre planejados, mas é difícil enganar um detetive com memória eidética e mania de limpeza.

Não há muita inovação no desenvolvimento dos roteiros, mas é delicioso ver hoje a evolução dos aparelhos de telefone celular, uma vez que os smartphones ainda não existiam.

Os personagens principais: Monk, a assistente Sharona Fleming, depois substituída por Natalie Teeger, o capitão Leland Stottlemeyer e o tenente Randy Disher também têm atuações excepcionais. Para quem gosta do gênero policial investigativo com poucos tiros e ainda é fã de uma boa comédia, Monk é uma série imperdível.

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