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CINEMA

Cem anos de solidão – uma obra monumental

A obra prima de Gabriel Garcia Marquez não é um livro fácil de se ler, mas é uma aventura literária impressionante.

A primeira vez que li este livro foi há mais de 40 anos. Sentei-me numa sexta-feira e me levantei no domingo com a obra concluída. Avassalador foi o adjetivo mais apropriado para a saga da família colombiana dos Buendía. Muitos dos meus conhecidos haviam tentado enfrentar e reclamavam da dificuldade de entendimento. Eu não tive. Acompanhei as aventuras e desventuras da família com os nomes iguais sem me perder na linhagem genealógica.

Recentemente tive a notícia de que a Netflix fará uma série baseada no livro. Eu já o li 18 vezes, 4 delas no original, porque sou dessas, abusada! A leitura desse romance abriu a minha vida para o realismo fantástico. Depois de Cem Anos de Solidão, assisti ao filme do Ruy Guerra, Erêndira, baseado na novela curta “A Incrível e Triste História da Cândida Erêndira e Sua Avó Desalmada”, com Claudia Ohana saindo da adolescência no papel título e a monumental Irene Papas fazendo a Avó. Adoraria rever, porque me lembro de ter gostado muito do filme, mas as referências e conceitos pessoais vão se alterando ao longo do tempo.

Talvez por isso encare com alguma suspeita a adaptação de Cem Anos de Solidão para a teledramaturgia seriada. Como li muitas vezes, sei quase decoradas as histórias de cada geração dos Buendía, desde a mudança para a mítica Macondo até o último descendente. As reviravoltas da revolução comandada pelo Coronel Aureliano Buendía, o primeiro, a luta de Úrsula para manter a virtude das filhas e a estamina dos filhos e netos e a loucura do patriarca.

Adaptação é traição

Embora haja adaptações muito boas de obras literárias, na maior parte das vezes, o filme é pior que o livro. No entanto, uma série pode ser que traga mais proximidade entre a ideia do autor e a concepção audiovisual do diretor, especialmente numa obra literária de fôlego, como é o caso de Cem Anos. Muitas histórias, heróis e vilões se entrecruzam numa trama que atravessa um século de história.

Sempre me lembrarei de um assunto que já falei aqui: as adaptações de O Nome da Rosa. O filme com Sean Connery deveria ter se chamado “O Segredo da Biblioteca”, uma obra livremente inspirada no romance de Umberto Eco. Já a adaptação para a série feita pelos alemães e tendo John Turturo no papel do icônico Wilhelm of Baskerville é muito fiel e vale muito a pena assistir. (leia aqui: https://cristovam.art.br/2020/12/29/o-nome-da-rosa/)

Aguardemos o resultado do streaming.

Romance disponível na Amazon:

Confira o trailer da série:

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