Turquia

 

A viagem dos meus sonhos começou no dia 30/7, uma bela sexta-feira de sol. Deixei minha irmã cuidando da Teka, minha linda cadelinha, e da Julia, minha gatinha que já é uma senhôura, e embarquei, juntamente com o Nelson, para São Paulo, de onde tomamos um voo da Turkish Airlines direto para Istanbul.

Tekinha na janela

 

São doze horas de voo. Não é um martírio, mas tampouco é confortável. A tevezinha é individual, o que já melhora muito o passatempo durante o trajeto.

O martírio mesmo era nosso vizinho de corredor. Pense num sujeito fedorento! Rapaz, que cecê era aquele? A criatura se espreguiçava e o corredor inteiro ficava empesteado. E o pior é que o camarada não sossegava na cadeira. Até dormir, foi um suplício. Tirando isso, foi bastante bom.

Chegamos a Istambul às 18 horas, hora local, que significa meio dia no horário de Brasília. Logo de cara, uma bela surpresa: nossas malas não desembarcaram junto conosco.

Foram duas horas de espera. O ruim não é a espera na esteira. O ruim é a cara do sujeito da Turkish Airways. As pessoas – eu inclusive – perguntávamos:

  • Do you speak English?

E ele, na maior desfaçatez:

  • Yes, I do.

Mas é claro que não falava, ou fingia não entender, porque ficava olhando pra cara da gente, com aquela babinha nojenta no canto esquerdo da boca, com uma cara de quem não está entendendo muito bem o que se passa. Daí, dizia que mais dois minutos, mais quinze minutos, mais cinco minutos, e nessa ficamos lá, duas horas esperando.

Ou seja, quase perdemos a primeira noite em Istanbul. Mas enfim, conseguimos retirar nossas bagagens e fomos levados ao Darkhill Hotel. Sem contratempos.

Nelson no terraço do hotel. Ao fundo a Mesquita de Suleyman

Já fomos pra rua, depois de um bom banho.

O estranhamento inicial é muito por causa da língua falada aqui. O turco é um idioma muito estranho aos nossos ouvidos. Soa meio árabe, meio europeu, como aliás, é da própria natureza do País, encravado no entroncamento das duas culturas. Istanbul já foi Constantinopla, mas antes ainda, era Bizâncio. E, segundo Augusto, nosso guia de turismo nesta excursão, uns cinquenta nomes diferentes antes disso.

Por ser uma importante rota comercial da antiguidade até a idade média, teve um período de esplendor bastante duradouro. Além disso, foi capital do Império Romano do Oriente, o que sobreviveu às “invasões bárbaras”.

O povo é muito bonito, mas tem um cheirinho bastante característico. São muito parecidos conosco, brasileiros. Têm essa tez amorenada, cabelos muito pretos, como vemos aí.

Mas, como já disse, é um entroncamento. Ademais de ser muçulmana, a Turquia está muito próxima da Arábia, do golfo Pérsico, enfim, dessa meiúca explosiva que é o Oriente Médio. É um ponto turístico muito importante. Assim que vemos gente do mundo todo, como toda cidade cosmopolita, predominando, no entanto, a cultura árabe. Há muitas mulheres de véu, e muitas daquelas que estão cobertas dos pés à cabeça, por um vestidão preto, que só deixa os olhos à mostra.

 

Ainda na primeira noite, chegamos acidentalmente à mesquita azul. Um dos mais importantes lugares de culto aqui. É linda. Tem seis minaretes, o que é um exagero, considerando-se que as demais mesquitas possuem no máximo 4.

No mais, foi caminhar, caminhar, caminhar e nos assombrarmos com todos os pontos turísticos.

Haya Sofia é, realmente, um deslumbramento. Linda! A torre Galata, e sua ponte.

Pena que perdemos algumas fotos, não sei ainda a razão. Fui transferir do cartão de memória para o computador direto, sem uso do cabo usb, e deu um crepe. Sei lá o que foi… Muitas fotos ficaram perdidas. O pior é que eram fotos lindas.

vista do Estreito de Bósforo desde o terraço da Torre Gálata.

 

Nesse dia também, fomos à cisterna da basílica. Um reservatório estratégico para o povo de Constantinopla em tempos de guerra. Dizem que a cisterna era capaz de abastecer a cidade por meses a fio, tornando o cerco a ela uma tarefa inglória para os inimigos.

Além dessa cisterna, fomos a mais uma Mesquita e o dia terminou.

Dia seguinte tentamos ir ao Palácio Beylerbey. Uma espécie de Versailles daqui. Mas o palácio estava fechado para reforma. Valeu o passeio de barco de Ënönü – isso mesmo, é esse o nome do bairro – até Üsküdar (que soa como os cu dar! Acredita?). É muito bacana.

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