Chegamos anteontem, à tarde, e logo fomos ver a cidade. Ficamos em um Hostel/Hotel chamado AO, muito bom, por 49 euros a diária. Era próximo à estação central de trem de Berlim, que, por sinal, é um desbunde total. Toda em vidro, duas torres altas, imensa, com muitas lojas e cafés. A informação também é boa. Lá todo mundo fala inglês.
Só que eu tive um enorme estranhamento. Eu esperava uma cidade antiga, com aquele jeito típico de Londres e Paris. Nada disso. É uma cidade enorme, com amplas avenidas, mesmo o centro histórico é amplo. De cara fomos ao Reischstag, que é o Parlamento deles. Um conjunto impressionante de prédios novos e antigos. Arquitetura moderníssima, muito vidro e concreto aparente, escadarias, rampas, jardins com água. Ao centro o prédio do antigo Parlamento, reformado com um domo de vidro. É possível visitá-lo gratuitamente, mas é necessária a reserva com dois dias de antecedência, pela internet. Não é mais entrada livre e gratuita em função de uma ameaça de bomba ocorrida em novembro passado. Uma pena: como íamos ficar só um dia, não foi possível entrar.
Vimos também o Portão de Brandemburgo, lindo! Uma porta para a avenida Unter den Linden. A rua é uma espécie de Champs Elisèe de Berlim. Lojas caras, cafés charmosíssimos. Mas eu ainda sentia uma estranheza. Parecia que eu estava era em Brasília. Embora visse pessoas pela cidade, não era a mesma coisa de uma cidade comum. Descemos ainda a Willhemstrasse e nos deparamos com o memorial dos judeus mortos na segunda guerra. Um labirinto de blocos paralepipedais de concretos de diferentes alturas. Visto de cima é um mar de concreto. De dentro é um labirinto muito interessante.
Já eram 10 horas da noite. Embora ainda houvesse sol, voltamos para o hotel para tomar banho, descansar e nos prepararmos para a jornada do dia seguinte. Como dormimos cedo, acordamos muito cedo. Às seis da manhã de domingo já estávamos de partida para rodar por toda Berlim Histórica, porque a cidade é uma megalópole, como São Paulo ou Londres, não dá pra conhecer toda ela de uma vez, e como somos muito caminhadores, lá fomos nós.
Foi ótimo sairmos de manhãzinha, porque os demais turistas ainda não haviam acordado. Tiramos excelentes fotos do Portão de Brandemburgo, do Unter den Linden, da catedral do Domo de Berlin, com a ilha dos Museus. Depois o Rathaus, que é a prefeitura. Depois fomos ao Checkpoint Charlie, que era o antigo posto de migração do famoso Muro de Berlim. De lá, fomos para o Keiser Willhelm Kerke, que é uma ruína de uma igreja, próxima a dois prédios enormes, construídos na metade do séc. XX. Foi engraçado, porque chegamos à praça e ficamos dando volta procurando a tal torre, dando voltas e mais voltas e cadê a igreja antiga? Aí eu me toquei que onde ela devia estar, havia uma monstruosidade de acrílico cinza e alumínio. É que está sendo totalmente restaurada por fora, mas ainda é possível visitá-la por dentro. A ruína é um testemunho de um tempo de muita riqueza, porque são muitos murais de mosaico, com pastilhas de ouro. A inscrição pede para nos lembrarmos de sempre partir para a tentativa de uma solução pacífica dos conflitos internacionais. Muito emocionante. Do lado de fora há uma praça moderníssima, com uma fonte estilosa, dedicada à evolução humana.
De lá, voltamos pelo parque, e nos deparamos com o Teatro da Philharmonica de Berlim. UAU! Foi uma surpresa e tanto. O prédio é lindo, e fica dentro do parque, numa região encantadora. Continuamos até Potsdam Platz, onde fica o Sony Center. Um prédio moderno, altíssimo, cuja cúpula em forma de circo pode ser vista de muito longe.
Voltamos, então em direção ao hotel, Achamos então o Café Cancun. Excelente lugar, com uma refeição maravilhosa, do tipo “coma tudo o que puder” por 9,50 €: RECOMENDO!
2 comentários
Nina De Deus
Imagino sua estranheza de visitar uma capital da Europa tão modernosa! Mas eu acho que é porque Berlim foi uma cidade extremamente castigada pela guerra… não deve ter sobrado muita coisa depois de tanto bombardeio! Mas que bom que você gostou, deve ser encantador 🙂
Nina De Deus
Imagino sua estranheza de visitar uma capital da Europa tão modernosa! Mas eu acho que é porque Berlim foi uma cidade extremamente castigada pela guerra… não deve ter sobrado muita coisa depois de tanto bombardeio! Mas que bom que você gostou, deve ser encantador 🙂