Este verso da canção Jeca Total, escrita pelo genial Gilberto Gil, me veio à memória porque, mesmo não querendo, estou sendo bombardeado com notícias sobre a situação na Ucrânia.
O presidente russo acabou de reconhecer a independência de duas regiões antes ucranianas, e isso não é um bom sinal. A tensão entre os dois países está escalando há meses, a corda está prestes a se arrebentar, a OTAN querendo briga, os russos querendo briga, a China querendo briga, ou seja, o pátio do parquinho está prestes a, literalmente, pegar fogo.
Então a situação planetária é a seguinte: estamos em meio a uma crise sanitária, aquela que a cada 100 anos, mais ou menos, se abate sobre o mundo. A produção de vacinas cresce, proporcionalmente as internações e mortes diminuem, quase deixam de existir entre os vacinados, mas o vírus ainda está aí e parece não querer deixar a face da Terra.
Em meio a essa crise, os russos capitaneados pelo Putin, resolveram criar esse caso na Ucrânia. A região é estratégica para o trânsito de insumos energéticos. Considerando que, sem aquecimento, um inverno pode matar mais de 2/3 da população, vender gás natural para a Europa é um negócio de bilhões, quiçá trilhões de Euros. Esta é a fachada dessa crise. Só deus sabe o que está por baixo dos panos.
Com essa ameaça, os xerifes do planeta, que invadem, bombardeiam, roubam, saqueiam nações inteiras sem a menor piedade ou respeito, se julgam no direito de interferir na questão lindeira entre os dois Estados. “Convida” a Ucrânia para integrar a OTAN, um tratado que deveria ter sido extinto na década de noventa do século passado, com o fim da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, mas que continua ameaçando o mundo com seu poderio nuclear.
A Rússia, por sua vez, também detém um poderio nuclear gigantesco. Eu sempre me lembro de quando era adolescente, jovenzinho, no auge da guerra fria, quando ouvia nos noticiários quantas vezes o mundo poderia ser destruído numa eventual guerra nuclear. Oras, que noção esquisita: destruído uma vez, não há possibilidade de destruir novamente.
Aí eu fico pensando. Na década de 1970, diziam que estávamos entrando na era de Aquário, uma era astrológica de paz, entendimento, compreensão. Tem até um filme famosíssimo, cuja canção de abertura prega, em tradução livre:
“quando a lua estiver na sétima casa
E Júpiter se alinhar a Marte
Então a paz guiará os planetas
E o amor moverá as estrelas.
Esta será a aurora da Era de Aquário
A Era de Aquário
Aquário! Aquário!
Harmonia e entendimento
Simpatia e confiança abundarão
O escárnio e a falsidade extinguir-se-ão
A visão de uma vida dourada de sonho,
Revelações do cristal místico
A liberação total e verdadeira da mente
Aquário! Aquário!
Não sei se é por conta da transição de uma era para a outra, ou se isso é balela, mas esse entendimento, essa liberação da mente e do corpo, que parecia tão iminente na segunda metade do séc. XX, não chegou. Estamos num momento em que o mundo parece à beira da extinção total, pelo desatino do Capitalismo, que na busca incessante pelo lucro acima de tudo está consumindo o Planeta inteiro.
Acho que, na verdade, a tal Era de Aquário é mera ilusão.
4 respostas
Sim, esse desatino é somente uma busca incessante pelo poder alinhados com países capitalistas!
Há! A era de Aquário é somente mera coincidência com um toque de poesia!
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