João amava Teresa, que amava Raimundo, que amava Maria, que amava Joaquim, que amava Lili, que não amava ninguém

Impressionante o quanto a extrema-direita brasileira está animada com a eleição do laranjão naquele país que nem nome tem.

Para os EUAN, o Brasil é um quintal, um local de exploração apenas e, por isso, é óbvio que eles têm um interesse bastante grande. Acabei de ver um vídeo de um analista dizendo que o Elon Musk tem interesse imenso nas reservas de lítio do Brasil, pois necessita disso para as baterias de carros elétricos. Musk virou um braço direito do laranjão.

Talvez isso represente uma ameaça. Todavia, não vejo essa predileção do Trump pelo excremento inelegível, embora a família diga ter intimidade com o eleito lá. Os vídeos mostram um eterno desprezo dos presidentes estadunidenses pelos nossos líderes, tirando o Barak Obama, que disse que o Lula é o cara!

A posição estratégica do Brasil

Considerando todas as questões acima, devemos nos lembrar de que a configuração geopolítica do Planeta Terra foi profundamente alterada com a criação da aliança entre Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Os EUAN estão apreensivos com a mudança de eixo de poder terrestre. O laranjão não é muito favorável à OTAN e o risco dessa anacrônica organização se esfacelar é bastante grande.

O Brasil exerce grande influência no BRICS e isso é importantíssimo neste momento. Nossa dependência econômica dos EUAN é cada vez menor, pois o comércio entre os países integrantes do novo grupo cresce e a ideia de uma moeda comum para regular esse comércio, excluindo o dólar das negociações internacionais assusta muito.

Na minha modesta opinião, esse é o ponto mais importante do novo bloco. As economias europeias enfrentam crises após crises, especialmente porque tudo o que produzem é extraído do Sul Global. Com as novas teorias decoloniais, os países periféricos estão tomando consciência de seus poderes. O Brasil está, aos trancos e barrancos, enfrentando essa questão.

Ilusão de democracia

Para além disso tudo, há a falsa democracia estadunidense. Lá, embora eles se esforcem para divulgar que o são, o que realmente se dá é uma plutocracia. Um dos princípios básicos da democracia se assenta no um homem = um voto. Não dá para dizer que lá é uma democracia, se nem o presidente da república o povo realmente elege.

Os multimilionários estadunidenses corrompem os espaços democráticos ao redor do mundo para satisfazer seus interesses escusos e exploradores. Em casa, lidam com uma população enorme empobrecida, pois as políticas públicas são inexistentes. O dinheiro é desviado para a indústria de armas e de guerra, onde o capitalismos lucra muito.

Por conta disso, um enorme contingente da população vive na rua e atolada nas drogas, porque a vida no capitalismo é de profundo sofrimento. Isso porque esse sistema cria desejos impossíveis de ser satisfeitos, seja no campo da aparência física, seja no desejo de consumo. É enorme o sofrimento de pessoas que não se questionam no que diz respeito ao consumo.

Avanço das ideologias totalitárias nesse modelo

Todas as ideias expostas acima, somadas à indústria de notícias falsas disparadas em massa a populações cada vez menos questionadoras, levam ao avanço dessas teorias populistas. Isso porque leva em consideração apenas uma pauta de costumes histérica, baseada numa pilha de mentiras.

Eu sempre me questiono: o que os conservadores querem conservar? a opressão das minorias? a posição de privilégio? Temos ainda uma expansão enorme da teologia da dominação se infiltrando no Brasil, importando sempre o que há de pior nos EUAN.

Concluindo, acho que embora possa assombrar muita gente, a eleição do laranjão não vai nos afetar o tanto que alguns analistas estão propagando. Criando uma analogia ao poema de Drummond: a direita ama o laranjão, que ama o russo comunista, que ama a mordomia do capitalismo, que nunca amou ninguém.

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