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Ontem fui ver “Grande Sertão, Veredas”, com direção da Bia Lessa! Foi como se eu tivesse sido arrebatado! Ela conseguiu transcrever a monumental história de Riobaldo Tatarana para o palco de modo tão absolutamente magistral que até agora estou tentando absorver todas as imagens, sons, cheiros.

O CCBB foi o palco dessa maravilha. Não o palco do teatro, mas aquele átrio central. Uma armação de andaimes cerca o palco, em formato de arena retangular. A plateia fica muito próxima da ação e a sonorização, que a princípio pode causar algum estranhamento, é o ponto mais surpreendente. Fones de ouvido nos conectam aos sons, falas, trilhas, músicas. Talvez por causa desse recurso o transporte ao universo do Guimarães Rosa tenha sido tão absoluto! Não ouvimos mais nada, só os sons da peça. A trilha sonora foi assinada por ninguém menos que Egberto Gismonti, o mago. Dispensa maiores comentários. Na medida exata do transporte para a atmosfera dos matos, planícies, serras e coivaras dos Gerais.

No papel de Riobaldo/Tatarana, Caio Blat é o destaque absoluto! Manteve as duas horas e meia de espetáculo com a energia lá em cima, no máximo.  Voz, corpo, gesto, tudo absolutamente impecável! O elenco todo faz tudo. Não há hierarquia entre os integrantes. São pássaros, árvores, aracnídeos, reses.

A minha maior expectativa era para a cena da hecatombe dos cavalos. Essa passagem no romance é daquelas coisas de se ler com lágrimas nos olhos. A atriz que narra, Luisa Arraes, é exata. Traduz com perfeição o quanto se fica estupefato com a crueldade dos homens frente a alimária indefesa.

Enfim, superou o outro espetáculo que eu havia visto sobre a obra de Guimarães Rosa: “O Vau da Sarapalha”, do grupo teatral paraibano Piollin. Até ontem, era a mais esplendorosa experiência teatral que eu havia vivido. Bia Lessa superou. Obrigado, Dionísio! EVOÉ!

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Ontem fui ver “Grande Sertão, Veredas”, com direção da Bia Lessa! Foi como se eu tivesse sido arrebatado! Ela conseguiu transcrever a monumental história de Riobaldo Tatarana para o palco de modo tão absolutamente magistral que até agora estou tentando absorver todas as imagens, sons, cheiros.

O CCBB foi o palco dessa maravilha. Não o palco do teatro, mas aquele átrio central. Uma armação de andaimes cerca o palco, em formato de arena retangular. A plateia fica muito próxima da ação e a sonorização, que a princípio pode causar algum estranhamento, é o ponto mais surpreendente. Fones de ouvido nos conectam aos sons, falas, trilhas, músicas. Talvez por causa desse recurso o transporte ao universo do Guimarães Rosa tenha sido tão absoluto! Não ouvimos mais nada, só os sons da peça. A trilha sonora foi assinada por ninguém menos que Egberto Gismonti, o mago. Dispensa maiores comentários. Na medida exata do transporte para a atmosfera dos matos, planícies, serras e coivaras dos Gerais.

No papel de Riobaldo/Tatarana, Caio Blat é o destaque absoluto! Manteve as duas horas e meia de espetáculo com a energia lá em cima, no máximo.  Voz, corpo, gesto, tudo absolutamente impecável! O elenco todo faz tudo. Não há hierarquia entre os integrantes. São pássaros, árvores, aracnídeos, reses.

A minha maior expectativa era para a cena da hecatombe dos cavalos. Essa passagem no romance é daquelas coisas de se ler com lágrimas nos olhos. A atriz que narra, Luisa Arraes, é exata. Traduz com perfeição o quanto se fica estupefato com a crueldade dos homens frente a alimária indefesa.

Enfim, superou o outro espetáculo que eu havia visto sobre a obra de Guimarães Rosa: “O Vau da Sarapalha”, do grupo teatral paraibano Piollin. Até ontem, era a mais esplendorosa experiência teatral que eu havia vivido. Bia Lessa superou. Obrigado, Dionísio! EVOÉ!

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